quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Brava Companhia, Cia. Estável de Teatro, Dolores Boca Aberta Mecatrônica de Artes e Engenho Teatral marcham junto com o MST

Coletivos teatrais marcaram presença na Marcha do MST em 10.08.2009.Apresentação do espetáculo "A BRAVA" em Jordanésia para os integrantes da Marcha do MST no dia 08/08/2009.

ABAIXO SEGUE TEXTO REDIGIDO PELOS COLETIVOS TEATRAIS QUE MARCHARAM COM O MST:

Aliados na luta pela emancipação da classe trabalhadora

Nós – Brava Companhia, Cia. Estável de Teatro, Dolores Boca Aberta Mecatrônica de Artes e Engenho Teatral – somos coletivos teatrais afastados do tradicional centro de circulação, dialogamos com a periferia e /ou residimos nela. Nosso público é a classe trabalhadora.

Defendemos que os meios de produção teatrais devem estar sob o controle dos trabalhadores artistas realizadores das obras, organizados em grupos, em coletivos, sem a presença de patrões.

Essas opções se prendem às nossas origens e aos estudos que nos revelam o funcionamento do capitalismo como um sistema de acumulação privada das riquezas do mundo nas mãos de poucos, o que gera miséria para a maioria, os trabalhadores, incluindo a nós, trabalhadores artistas. É para lutar contra isso que assumimos o controle da nossa produção, da nossa criação teatral e tentamos gerar pensamento, cultura e arte contra o pensamento, a cultura e a arte dominantes que alimentam a manutenção desse estado de coisas.

Mas essa não é uma tarefa que podemos realizar isolados. E ela coloca em risco nossa própria sobrevivência como coletivos: nossos inimigos são poderosos e nossa luta não pode se limitar à disputa ideológica, cultural, artística.

Com a crise generalizada do capital, todos os trabalhadores pagam a conta da concentração das riquezas. Os fundos públicos são raspados para salvar corporações falidas que embolsam os recursos devidos não só à reforma agrária ou urbana, à educação e à saúde, mas também à cultura. Apesar da falência, a cultura dominante insiste no discurso de que não há saída sem o agronegócio, as multinacionais, os bancos, a indústria cultural, os donos do mundo. Mas somos nós que dependemos deles para viver ou eles que dependem de nós para forrar seus cofres?

Por aí marchamos, junto aos nossos pares, contra a negação das gentes, rumo ao socialismo.

SP/agosto/2009
Brava Companhia - Cia. Estável de Teatro -
Dolores Boca Aberta Mecatrônica de Artes - Engenho Teatral


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