segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Roda de conversa com trabalhadores da cultura no Sacolão das Artes

No dia 07 de outubro, uma quarta-feira, vários trabalhadores da cultura se reuniram no Sacolão das Artes para mais um momento de mobilização e reflexão. O mote da conversa: MOVER-SE. Que transformação, sem articulação e mobilização?. O encontro fez parte da programação do IV Fórum Social Sul e contou com a presença dos coletivos Dolores Boca Aberta e Mecatrônica de Artes, Engenho Teatral, Coletivo de Cultura do MST, Brava Companhia e Jota Medrado como provocadores, e com dezenas de outros coletivos, trabalhadores da cultura e moradores da região de M' Boi Mirim como participantes do debate. A conversa começou às 15h e se estendeu até as 19h30.Foi um bate-papo de alto nível acerca do fazer cultural, sua função social e importância política em nossa sociedade e, principalmente, em regiões periféricas e abandonadas pelo Estado. Outros importantes coletivos culturais como a Companhia Antropofágica, Clariô, Cia. Humbalada e Trópis também estiveram representados.
O dado curioso do encontro foi a presença de três representantes do Poder Público local, nunca antes presente em tão "significativo" número em ações culturais do Sacolão das Artes. O interesse era tão grande pelo conteúdo do debate que gerou até gravações de trechos por celulares.
No dia seguinte, o espaço sofreu uma ameaça de fechamento, o que levou parceiros e aliados do Sacolão das Artes no Brasil inteiro a manifestar seu repúdio, diretamente a Subprefeitura M' Boi Mirim, diante de tal ato autoritário e ditatorial.
Esse fato demonstra que existe uma realidade política perversa que envolve regiões periféricas como a de M'Boi Mirim e que, muitas vezes, não é encarada pelos trabalhadores da cultura. Muitos a ignoram por falta de percepção. Mas há os que estão perfeitamente ajustados a ela, inclusive lucrando com isso.
Isso, mais cedo ou mais tarde, terá que mudar se, de fato, quisermos que nossa região, nosso pequeno mundo, seja um lugar melhor e mais justo para se viver.

Um comentário:

Rogerio Pixote disse...

Da hora. Haverá oportunidades como essa no final de semana? Quarta a tarde é osso.