terça-feira, 30 de novembro de 2010

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Integral e Plural - Brava Companhia participa do II Encontro de Teatro de Mauá

De 24 a 28 de novembro, a Cooperativa Paulista de Teatro, a Prefeitura de Mauá com o patrocínio da Petrobras e com o apoio cultural do SESC São Caetano, realizam o II Encontro de Teatro, em Mauá. Serão mais de 30 apresentações, incluindo grupos locais e convidados. Entre os participantes, estão coletivos como Os Satyros, Buraco d`Oráculo, Brava Companhia e Trupe Sinhá Zózima, além de Luis Alberto de Abreu e Celso Frateschi, que participarão de debates.

O tema de 2010 será “Integral e Plural”, pela mistura de diversas manifestações artísticas, que deverão se desenvolver no palco, na rua e em espaços alternativos. Para saber mais, acesse:http://encontrodeteatromaua.wordpress.com/.

Quinta-feira, 25/11/2010 às 16h – Atividade formativa
Tema: Teatro na Rua
Palestrantes: Ademir de Almeida e Fabio Resende da Brava Companhia
Mediação: Prof. Dr. Reynuncio Napoleão de Lima.
Local: Oficinas Culturais – Sala Heleny Guariba, Rua Rio Branco, 85, 1º andar do Shopping Green Plaza (em frente à Estação Mauá da CPTM), Centro, Mauá, SP. 25/11 às 16h

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Brava Companhia participa do projeto "Radiografia Cultural - periferia e underground em SP" no CCBB


O projeto, que acontece até dezembro, neste mês tem como tema o Teatro e Vanguarda. Grupos teatrais, oriundos da periferia e do centro, vem conquistando cada vez mais espaço junto à mídia e ao público, caso da Brava Companhia e do Club Noir. Qual a contribuição desses coletivos para a cena contemporânea? Diversas questões são colocadas em debate com o público neste encontro.


PROGRAMAÇÃO

• 13h | Apresentação da Brava Companhia

• 18h | Apresentação do Club Noir

• De 19h30 às 21h30 | Debate com o diretor Fábio Resende, da Brava Companhia, o diretor e dramaturgo Roberto Alvim e a atriz Juliana Galdino, do Club Noir. Mediação do diretor e pesquisador teatral Fernando Kinas.


SERVIÇO

Data: 24 de novembro
Horário: Terça, entre 13h e 21h30
Local: Teatro | Rua Álvares Penteado, 112 - Centro
Bilheteria/Informações: Terça a domingo, das 10h às 20h | Telefones: (11) 3113-3651/52
Entrada Franca | Senhas distribuídas uma hora antes do evento
Classificação da palestra: 12 anos

Brava Companhia participa da Semana de Teatro e Educação da ECA-USP

A Brava Companhia participa da Mesa "Grupos teatrais e ações educativas" e apresenta "ESTE LADO PARA CIMA - isto não é um espetáculo.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

MANIFESTO EM DEFESA DO FOMENTO!!!

Clique na imagem acima para ver melhor.
Salve o manifesto em seu computador e replique para os seus contatos.
Vamos acabar com a ingerência na Secretaria de Cultura de São Paulo!

Abaixo algumas imagens da manifestação na Câmara de São Paulo contra o decreto 51300 que propõe alterações que burocratizam a Lei de Fomento.
Já caiu! Já caiu! O decreto e o Calil!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

"ESTE LADO PARA CIMA" circula pelo interior de São Paulo

Intervenção com "stiker" do espetáculo ESTE LADO PARA CIMA da Brava Companhia, na cidade de São Roque.

A Brava Companhia participou do Circuito SESC de Artes com o espetáculo ESTE LADO PARA CIMA, durante os meses de outubro e novembro de 2010, passando por vários municípios de São Paulo - Itapetininga, Itapeva, Itararé, Sorocaba, Itú, São Roque, Jandira, Santana do Parnaíba, Embú, Osasco, São Caetano, Guarulhos, Mauá e Diadema.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Dolores Boca Aberta & Mecatrônica de Artes realiza intervenção política no Sacolão das Artes

No dia 02 de outubro, véspera de eleição, a Brava Companhia recebeu o grupo Dolores Boca Aberta & Mecatrônica de Artes com sua intervenção política "Armando Boas Praça".
O candidato fictício e sua comitiva fizeram campanha pelas ruas do Parque Santo Antônio.
Houve até discurso e inauguração de um busto do candidato na "Praça do Sacolão das Artes".

Circulação Brava Companhia com ESTE LADO PARA CIMA por bairros da periferia de São Paulo - parte 2

Domingo, 10 de outubro de 2010. A Brava Companhia se prepara para apresentação de ESTE LADO PARA CIMA na Vila Fundão, Capão Redondo, São Paulo, zona sul.
Intervenção com lambe-lambe no muro da casa de Dona Maria, próximo ao local da apresentação na Vila Fundão.
A apresentação rolou em frente ao bar onde acontece o tradicional "Sarau da Vila Fundão", às quintas-feiras.
Domingo, 03 de outubro de 2010, dia de Eleição. Trânsito caótico na Estrada de M'Boi Mirim provoca horas de espera em uma fila imensa de carros a partir do Jardim do Ângela, impedindo que a Brava Companhia chegasse até a Vila Calú para a apresentação marcada para às 17h daquele dia.
Para não perder totalmente a viagem, aproveitamos o trânsito parado para deixar um lambe-lambe na "entrada" do Parque do Lago.
Muitos trabalhadores/eleitores devem ter perdido a paciência naquele dia. E a Brava Companhia vai remarcar essa apresentação para a população da Vila Calú.
Domingo, 26 de setembro de 2010. ESTE LADO PARA CIMA no Parque Santo Antônio.
Apresentação que começou com um público tímido, que foi se aproximando aos poucos e formou uma grande roda que acompanhou a peça até o fim e embaixo de chuva.
Domingo, 12 de setembro de 2010. ESTE LADO PARA CIMA no Valo Velho, começa com o lambe-lambe deixado na região.
O público foi fisgado no final da missa e acompanhou a peça que fechou uma das ruas próximas a Paróquia de São Francisco de Assis.
Domingo, 05 de setembro de 2010. ESTE LADO PARA CIMA em Engº Marsilac. Nesse dia teve até um mini-mutirão da população para limpar a praça onde aconteceria a apresentação.
Intervenção com lambe-lambe.
A garoa e o frio não espantaram o público, acostumado com o clima úmido dessa região que é próxima a Parelheiros, extremo sul da cidade.
Domingo, 29 de agosto de 2010. ESTE LADO PARA CIMA na Vila Rubi.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

"O ERRANTE", indicado ao prêmio CPT 2010, neste sábado, no Sacolão das Artes

"O ERRANTE", espetáculo da Brava Companhia, foi indicado ao Prêmio CPT 2010, concedido pela Cooperativa Paulista de Teatro, nas categorias "ELENCO" e "OCUPAÇÃO DE ESPAÇO". A Brava Companhia também recebeu indicação na categoria "GRUPO REVELAÇÃO".

O espetáculo está em cartaz às terças e sábados, sempre às 20h, no Sacolão das Artes, com entrada gratuita. As terças, as apresentações são direcionadas a alunos e professores de escolas públicas da região do Parque Santo Antônio. Já aos sábados, a Companhia recebe o público de outros bairros da região sul, "visitados" previamente com outro espetáculo da Companhia (ESTE LADO PARA CIMA), numa "circulação de mão dupla": a Brava Companhia vai ao bairro com um espetáculo e, na semana seguinte, transporta o público do bairro, com ônibus fretado até o Sacolão das Artes, para assistir a outro.

Essas ações fazem parte do projeto da Brava Companhia contemplado pela Lei de Fomento ao Teatro Para a Cidade de São Paulo.

Tanto às terças, como às quintas, há uma cota de lugares reservados ao público em geral.

Para mais informações ligue: 11.5511-6561 ou 11.9819-1418

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Espetáculo A BRAVA na Mostra SESC de Teatro de Rua 2010

A BRAVA passou por Ribeirão Preto...
...São Carlos...
... e Taubaté durante a Mostra SESC de Teatro de Rua 2010.
Foram apresentações do espetáculo da Brava Companhia inspirado na história de Joana d'Arc para o público do interior de São Paulo.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

100 DIAS 100 JUSTIÇA

"ESTE LADO PARA CIMA" foi apresentado ontem (25 de agosto), ao meio-dia, na Praça João Mendes, centro de São Paulo, durante ato dos servidores da justiça, em greve há mais de 100 dias. Veja abaixo texto escrito por integrante do Comando de Base da greve sobre a apresentação ( fonte: blog Judiciários - SP, Resistência 2010 http://judspgreve2010.blogspot.com/ ).

Brava Companhia! Transgressão teatral na Praça João Mendes, aos 120 dias de greve!!!

A Praça João Mendes foi o palco para a apresentação da peça "ESTE LADO PARA CIMA" da Brava Companhia, no dia 25/8, quando a GREVE do judiciário paulista completou 120 dias.
Alguns de nós grevistas, já havíamos assistido ao espetáculo no Largo São Bento, e consideramos muito interessante que a categoria tivesse oportunidade de assistí-lo. Então, por iniciativa do Comando da Base, e com apoio da Brava Companhia, foi organizada a apresentação.Debaixo de sol escaldante, a apresentação teve início por volta das 12 hs. Além dos grevistas, que aguardavam a realização de nossa assembléia geral, advogados, estagiários, não-grevistas, entre outros que passavam pela praça, intrigados com a movimentação, também ficaram para assistir. Um contingente de policiais observou à distância.

Foi um momento único, em que os grevistas tiveram a oportunidade de ver teatralizadas, cenas e discussões que se incopararam ao nosso cotidiano durante a GREVE. Capitalismo, luta de classes, poder, política, relações humanas, consumo, contradições pessoais e do sistema vigente, são temas do espetáculo, com os quais houve absoluta identidade e integração da platéia que se manteve atenta ao desenrolar de cada cena. Muitos se comoveram e até mesmo não-grevistas, tiveram a oportunidade de refletir sobre estas questões.Aqueles que por alguma razão, perderam a encenação e tiverem interesse em assistir, podem acessar o blog da brava http://blogdabrava.blogspot.com/, para saber dos locais, dias e horários em que há apresentações, e obter mais informações sobre o trabalho da Brava Companhia.Além de "ESTE LADO PARA CIMA", a Brava Companhia também apresenta o espetáculo "O ERRANTE", que trata de temática semelhante, embora sob outro ponto de vista.
Deixo aqui, em nome dos grevistas do judiciário, nosso agradecimento aos atores, atrizes e demais companheiros da Brava Companhia, que contribuíram para que a apresentação se realizasse. Considero que vocês são mais do que bravos, são bárbaros, são extraordinários meus caros!!! Parabéns, pela iniciativa e pelo excelente trabalho! Sorte, nesta e nas futuras empreitadas! O teatro de rua certamente merece todo nosso apoio.Abraço fraterno e grevista a todos.

Márcio Cotineli (Comando da Base - Fórum João Mendes)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

"O ERRANTE" - nesta terça e sábado, no Sacolão das Artes

Circulação Brava Companhia com ESTE LADO PARA CIMA por bairros da periferia de São Paulo - parte 1

Domingo, 22 de agosto, 17h30, no calçadão do Pólo Cultural do Jardim América, região do Grajaú, periferia sul de São Paulo.
A Brava Companhia contou com a parceria da organização Comunidade Cidadã para essa apresentação que reuniu um grande público, numa tarde quente.
Abaixo, a Brava Companhia retorna ao Campo da Erundina, no Jardim Ibirapuera.

Domingo, 08 de agosto de 2010, 16h, Jardim Ibirapuera, periferia sul de São Paulo.

A apresentação começou assim que terminou o tradicional futebol.

Muita gente "chegou junto" nessa apresentação que rolou com o apoio do pessoal do Bloco do Beco.
Na imagem abaixo, crianças se acomodam para acompanhar melhor a encenação.
Abaixo, a estréia oficial na periferia de ESTE LADO PARA CIMA.
Foi numa noite fria de 1° de agosto de 2010, na Mostra de Teatro do Centro Cultural Monte Azul, no Jardim Monte Azul, periferia sul de São Paulo.
Abaixo, texto produzido por João Pires, parceiro da Brava Companhia, integrante do Coletivo Gestor do Sacolão das Artes, que acompanhou a apresentação de ESTE LADO PARA CIMA no Jardim Ibirapuera.
A Brava trouxe o Saxofone...

Descobri Brecht lá pelos oitenta numa montagem de Luz nas Trevas, no Madame Satã. Quem era paulicéia nos oitenta sabe. Nudez, anticlericalismo, ironia, acidez... Gente do céu, tudo aquilo me incomodou tanto, recatado ado papa hóstia que era.
Brecht e eu travamos então uma longa relação de amor e ódio: O Teatro de Arena, Fernando Peixoto, as montagens de Celso Frateschi e Márcio Aurélio. O ranço daquilo tudo era tão europeu, intelectual demais. Teatro alemão, para empregar o rótulo mais exato. Para o fogo aquilo tudo. Caca Rosset talvez tivesse podido ir além, se não fosse o culto excessivo à caixa registradora
Lá em Cuba, piorou a relação, indo Brecht de vez pra gaveta, junto com todos meus sonhos de comunismo oficial. As peças didáticas eram insuportáveis em sua inocência abusiva, a peças herméticas sem sal ou vontade – o sistema delimitando tudo, como se Brecht fosse religião.
O enterro definitivo do tal alemão, fiz vendo algumas daquelas peças chatas do teatro do subúrbio parisiense: cabeça em excesso e incapaz de olhar as coisas com os olhos fechados, coisa que aliás acontece poucas vezes no teatro daquela terra.
Nem os filmes de René Allio que traduziu com brilho e pujança a Velha Dama Indigna, nem as aulas de Jean Jordeuill , que trabalhou com tantos filhos de Brecht na França e na Alemanha impediram o féretro.
Só o Mouchkine pode reacender o prazer e o interesse por peças que não quisessem me ninar, explicar ou me hipnotizar. Como Brecht, soube tantas vezes elaborar pensamentos. Suas criações são um grande bate papo sobre o mundo moderno, com seus estrangeiros clandestinos, suas misérias, seu Hamlet feminino (Juliana Carneiro), um diálogo incessante com o público, em espetáculos onde o tempo e espaço são transgredidos e cada criação remete à seguinte.
Souberam dissolver Brecht e criar uma a arte que dialoga efetivamente com seu tempo, um teatroque esteja de olhos abertos para o mundo. Que limpe banheiro e saiba passar o rodo. Tudo isso sem deixar de ser teatral, sem deixar que o épico cubra o estético, que a reflexão mate a sensação.
A Brava consegue efetivar isto e seus espetáculos recentes: O Errante e, principalmente, em Este lado pra cima que tive a sorte de ver, há dois domingos, no campo da Erundima. Quem já rodou por aquelas quebradas sabe bem que barulho/poluição ali é de matar . Forro daqui, sertaneja ou funk dalí, carro aberto nas portas dos bares, sem esquecer o Corinthians x Palmeiras pela taça Brasil. Haja tímpano!
Mas o areão enegrecido pelos restos de fogueiras e colorido pelos tapetes do Bloco lotou. Na arena redonda delimitada por acessórios e instrumentos, sem escrúpulos ou viadismos, os bravos literalmente deitaram e rolaram, nos falando da grande fabulação que é o sistema ultra-liberal em que vivemos. Uma nova versão do espetáculo, que mergulha ainda mais naquilo que a Brava faz de melhor: ocupar a cena e botar a boca no trombone (saxofone). Chega de paciência! Pra quando a panciência?
O tal teor germânico dos anos oitenta infelizmente aparece aqui e ali, e o didatismo do jovem Brecht também. Mas é explosivo e irresponsável, pequeno burguês certamente, mas poético e irreverente, ao ponto de matar o barulho e cativar o povão do Jardim Ibirapuera.
Só lamento o tal do anticlericalismo, às vezes forçado. A perifa é mística e pentecostal, sempre em transe. É preciso considerá-lo, evitar o risco de cair no materialismo pagão do teatro esquerdão 60/70, que nos deu O Pagador sem promessas e A Gota d´Água sem Iansã...
Mas aquela percussão metálico-africana, marcando a cena da produção acelerada, é prova de que a macumba ronda e que uma hora dessas ela entrará de vez. Tempo ao tempo, os bravos estão apenas começando. Bravo!

João Pires