domingo, 31 de julho de 2011

OCUPAÇÃO DA FUNARTE SP

No dia 25 de julho de 2011, o Movimento dos Trabalhadores da Cultura (MTC), faz grande manifestação e ocupa o prédio da FUNARTE em São Paulo, por políticas públicas para a Cultura do país.
FUNARTE SP OCUPADA.
O prédio da FUNARTE SP recebe um "tratamento visual" que explicita o descontentamento dos trabalhadores com a mercantilização da Cultura no Brasil.
Várias assembleias foram realizadas durante os dias da ocupação.
Centenas de trabalhadores discutiram, durante os dias e noites, sobre a precariedade de suas condições de trabalho e a necessidade de uma pauta comum que norteie as lutas em favor de uma arte pública.
A ocupação foi finalizada com outra grande manifestação que seguiu em marcha pelas ruas da cidade.
O "Ursinho da Brodway", símbolo da nossa Cultura confiscada pelo Mercado, sequestrado anteriormente pela Brava Companhia (vide vídeo em http://www.youtube.com/user/BravaCompanhia#p/u/1/SxNSpzBQIy4) esteve presente e recebeu "tratamento especial" dos manifestantes.
A marcha foi finalizada em frente ao Itaú Cultural para denunciar uma das distorções da atual política de Cultura do país: uma instituição privada de cultura recebe dinheiro público para realizar a promoção da marca de uma das mais ricas instituições financeiras do país.
E o interesse público? A arte pública? A irrisória verba do Ministério da Cultura é diminuída ainda mais, as propostas dos trabalhadores são ignoradas, os espaços públicos de Cultura são poucos e a maioria inoperante, editais públicos são cancelados ou tem suas verbas congeladas...
Os Trabalhadores da Cultura perderam a paciência.
O aviso foi deixado. E esse é apenas o começo...

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Na próxima segunda-feira a bomba vai explodir.

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É Hora de perder a Paciência!
O Movimento de trabalhadores da cultura quer tornar pública sua indignação e
recusa ao tratamento que vem sendo dado à cultura deste país, aprofundando
e reafirmando as posições defendidas desde 1999, no Movimento Arte Contra
Bárbarie. A arte é um elemento insubstituível para um país por registrar,
difundir e refletir o imaginário de seu povo. Cultura é prioridade de Estado, por
fundamentar o exercício crítico do ser humano na construção de uma
sociedade mais justa.
A produção artística vive uma situação de estrangulamento que é resultado da
mercantilização imposta à cultura e à sociedade brasileiras. O estado prioriza o
capital e os governos municipais, estaduais e federal teimam em privatizar a
cultura, a saúde e a educação. É esse discurso que confunde uma política para
a agricultura com dinheiro para o agronegócio; educação com transferência de
recursos públicos para faculdades privadas; incentivo à cultura com Imposto de
Renda usado para o marketing, servindo a propaganda de grandes
corporações. Por meio da renúncia fiscal – em leis como a Lei Rouanet - os
governos transferem a administração de dinheiro público destinado à produção
cultural, para as mãos das empresas. Dinheiro público utilizado para interesses
privados. Esta política não amplia o acesso aos bens culturais e principalmente
não garante a produção continuada de projetos culturais.
Em 2011 a cultura sofreu mais um ataque: um corte de 2/3 de sua verba anual
(de 0,2% foi para 0,06% do orçamento geral da União) em um momento de
prosperidade da economia brasileira. Esta regressão implicou na suspensão de
todos os editais federais de incentivo à Cultura no país, num processo claro de
destruição das poucas conquistas da categoria. Enquanto isso, a renúncia
fiscal da Lei Rouanet, não sofreu qualquer alteração apesar de inúmeras
críticas de toda a sociedade.
Trabalhadores da Cultura, é HORA DE PERDER A PACIÊNCIA: Exigimos
dinheiro público para arte pública!
Arte pública é aquela financiada por dinheiro público, oferecida gratuitamente,
acessível a amplas camadas da população – arte feita para o povo. Arte
pública é aquela que oferece condições para que qualquer cidadão possa
escolhê-la como seu ofício e, escolhendo-a, possa viver dela – arte feita pelo
povo. Por uma arte pública tanto nós, trabalhadores da cultura, como toda a
população tem seu direito ao acesso irrestrito aos bens culturais, exigimos
programas – e não um programa único – estabelecidos em leis com
orçamentos próprios, que estruturem uma política cultural contínua e
independente – como é o caso do Prêmio Teatro Brasileiro, um modelo de lei
proposto pela categoria após mais de 10 anos de discussões. Por uma arte
pública exigimos Fundos de Cultura, também estabelecidos em lei, com regras
e orçamentos próprios a serem obedecidos pelos governos e executados por
meio de editais públicos, reelaborados constantemente com a participação da
sociedade e não apenas nos gabinetes. Por uma arte pública, exigimos a
imediata votação da PEC 236, que prevê a cultura como direito social, e
também imediata votação da PEC 150, que garante que 2% do orçamento da
União seja destinado à Cultura, nos padrões propostos pela ONU, para que
assim tenhamos recursos que possibilitem o tratamento merecido à cultura
brasileira.
Por uma arte pública, exigimos a imediata publicação dos editais de incentivo
cultural que foram suspensos e o descontingenciamento imediato da já
pequena verba destinada à Cultura. Por uma arte pública, exigimos o fim da
política de privatizações e sucateamentos dos equipamentos culturais, o fim
das leis de renúncia fiscal, o fim da burocratização dos espaços públicos e das
contínuas repressões e proibições que os trabalhadores da cultura têm
diariamente sofrido em sua luta pela sobrevivência. Por uma arte pública
queremos ter representatividade dentro das comissões dos editais, ter
representatividade nas decisões e deliberações sobre a cultura, que estão nas
mãos dos interesses do mercado. Por uma arte pública, hoje nos dirigimos à
Senhora Presidente da República, aos Senhores Ministros da Fazenda e às
Senhoras Ministras do Planejamento e Casa Civil, já que o Ministério da
Cultura, devido seu baixo orçamento encontra-se moribundo e impotente.
Exigimos a criação de uma política pública e não mercantil de cultura, uma
política de Estado, que não pode se restringir às ações e oscilações dos
governos de plantão. O Movimento de Trabalhadores da Cultura chama toda a
população a se unir a nós nesta luta.

A BRAVA no TUSP - Mostra Militância Teatral na Periferia

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sábado, 9 de julho de 2011

ESTE LADO PARA CIMA no FIT 2011

A Brava Companhia fez parte da programação do FIT 2011, Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto, com o espetáculo ESTE LADO PARA CIMA.
Foram quatro apresentações em localidades diferentes da cidade: Vila Toninho, Talhado, ECO Santo Antônio e Praça Dom José.

Abaixo seguem imagens de alguns momentos dessas apresentações:

ESTE LADO PARA CIMA NO FIT 2011
ESTE LADO PARA CIMA no FIT 2011
ESTE LADO PARA CIMA NO FIT 2011
ESTE LADO PARA CIMA no FIT 2011
ESTE LADO PARA CIMA no FIT 2011
ESTE LADO PARA CIMA no FIT 2011